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Michel de Montaigne e o Relativismo Cultural

Michel de Montaigne, filósofo Francês

Michel de Montaigne era considerado um cético e adotou o relativismo cultural. No entanto defendia que o povo deveria se submeter à tradição (no seu caso, a cristã), pois ela era um porto seguro.

Michel de Montaigne (1533-1592) é considerado um cético e adotou o relativismo cultural, o que pode ter influenciado seu estilo contraditório. Sua obra Ensaios é uma afirmação desse relativismo, uma vez que não é sistematizada, mas uma coleção de ensaios que eram escritos de acordo com seu interesse e disposição, o que reflete sua visão sobre a natureza humana. O homem, para esse filósofo francês, é vítima das circunstâncias, dos costumes e não tem em si nada de singular ou verdadeiro, uma vez que a própria verdade é também relativa.

Mediante esse relativismo, defende a submissão do homem à tradição (no seu caso, a tradição cristã), uma vez que não existe verdade alguma, é mais seguro e conveniente adotar a verdade de sua cultura, pois a substituição de uma crença por outra implicaria, em um curto espaço de tempo, a não ter crença alguma.

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