O brasileiro é condicionado a pensar que ser feliz é o que importa, e essa propaganda do Banco do Brasil é exemplo disso. O filósofo Zigmunt Bauman é um dos principais críticos desta estratégia das instituições financeiras.
Para ser feliz, contudo, é preciso se endividar. Assim pregam os bancos em propagandas como essa, pois quem realiza seus projetos com planejamento e pouco endividamento é o pesadelo das instituições financeiras, que preferem o sujeito endividado. A ideia vendida pelos bancos é não adiar seus sonhos.
No Brasil, mesmo os escolarizados — e principalmente esses pois têm mais acesso às linhas de crédito — querem “ser felizes” a qualquer custo. Bauman alerta que essa foi a mudança da cultura da poupança para a cultura do endividamento. Os bancos não se importam se você pode pagar ou não. O que importa é estar sempre endividado. Essa “epidemia da felicidade” disseminada em nossa sociedade é um aspecto cultural da pior face do capitalismo.
- Sugestão de leitura
Autor: Alfredo Carneiro