Ícone do site netmundi.org

O Sonho de Chuang Tzu e a Borboleta

Sonho de Chuang Tzu e a Borboleta

O Sonho de Chuang Tzu e a Borboleta é uma parábola clássica da filosofia taoista, atribuída ao filósofo chinês Chuang Tzu (ou Zhuangzi), que viveu século IV a.C. É encontrada em sua obra principal que recebe seu nome, o “Zhuangzi”, um texto fundamental do taoismo que explora temas como a relatividade das coisas e a natureza da realidade. A parábola ilustra uma reflexão sobre a tênue linha entre sonho e realidade, questionando a diferença entre entre os dois. É considerada uma das mais famosas histórias da filosofia chinesa.

O Sonho de Chuang Tzu e a Borboleta surge no final do segundo capítulo desta obra, intitulado Sobre a Igualdade das Coisas. Vejamos:

“Certa vez, Chuang Tzu sonhou que era uma borboleta esvoaçando e flutuando, feliz consigo mesma e fazendo o que desejava. Ela não sabia que era Chuang Tzu. De repente, o sábio acordou e lá estava ele, sólido e inconfundível. Mas ele não sabia mais se era Chuang Tzu que havia sonhado ser uma borboleta, ou uma borboleta sonhando que era Chuang Tzu.”

Essa parábola tornou-se tão conhecida que inspirou obras da filosofia chinesa, contos de sabedoria e obras de arte.

Na filosofia ocidental há um postulado conhecido como “O Argumento do Sonho”, utilizado para demonstrar a relatividade dos sentidos. É uma abordagem semelhante a de Chuang Tzu. O filósofo francês René Descartes, por exemplo, baseou sua filosofia na premissa de que nossos sentidos não podem servir de referência para a realidade, uma vez que muitos sonhos parecem tão reais quanto a própria “realidade”.

Isso demonstra que a natureza da realidade sempre foi vista com desconfiança por pensadores e religiosos de todas as épocas e culturas. Dessa forma, nas religiões ou na filosofia, a realidade nunca é o que aparenta ser.

O cantor e compositor Raul Seixas dedicou uma música ao Sonho de Chuang Tzu e a Borboleta, intitulada “O Conto do Sábio Chinês”, popularizando no Brasil a famosa parábola.

O Conto do Sábio Chinês – Raul Seixas

Um sábio chinês
Que um dia sonhou
Que era uma borboleta
Voando nos campos
Pousando nas flores
Vivendo assim
Um lindo sonho…

Até que um dia acordou
E pro resto da vida
Uma dúvida
Lhe acompanhou…

Se ele era
Um sábio chinês
Que sonhou
Que era uma borboleta
Ou se era uma borboleta
Sonhando que era
Um sábio chinês…

Visite nossa categoria Textos Motivacionais.

Autor: Alfredo Carneiro  | Editor do netmundi.org

Sair da versão mobile