Wolfgang Amadeus Mozart (1756 – 1791) é considerado um dos maiores gênios musicais do ocidente, demonstrando talento extraordinário desde os cinco anos de idade. Boa parte de sua educação musical e sucesso inicial deveu-se ao esforço de seu pai, Leopold Mozart, que percebendo a genialidade do filho, dedicou-se integralmente à sua instrução.
Leopold era professor de música, tinha muita cultura e se correspondia com alguns filósofos de sua época. Sua influência sobre o filho se estendeu, além da educação musical, à organização de suas apresentações e gerência das finanças durante toda a infância e juventude de Mozart.
Boa parte do fracasso financeiro de Mozart na vida adulta — apesar de seu enorme prestígio entre a nobreza e a crítica musical — ocorreu devido à perda da influência de seu pai e à inabilidade de Mozart em organizar sua vida pessoal e financeira.
Considerado por uns como herói incompreendido e por outros como único responsável pela sua ruína, é inegável que Mozart tornou-se a perfeita expressão da mente genial, trágica e extravagante que é inatingível às pessoas comuns.
Após sua morte — com apenas 35 anos — foi enterrado em uma vala comum como indigente, transformando sua história em um verdadeiro mito, tal como as lendas de Homero.
Autor: Alfredo Carneiro – Graduado em Filosofia e pós-graduado em Filosofia e Existência pela Universidade Católica de Brasília.