Falácias não são apenas formas incorretas de argumentar, mas também formas incorretas de pensar. Contudo, mesmo pessoas inteligentes recorrem conscientemente às falácias, pois são atalhos para encurtar o debate, fugir do assunto ou enganar o público.
Líderes religiosos, empresários e políticos utilizam falácias contando com o fanatismo, superstição, baixa escolaridade, fragilidade ou ingenuidade das pessoas.
No argumento falacioso as premissas não sustentam a conclusão. Muitas falácias são difíceis de serem detectadas e acabam transmitindo a ideia de argumento válido. O estudo das falácias nos leva a ponderar melhor sobre nossos próprios pensamentos. Vejamos algumas das falácias mais utilizadas no cotidiano:
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- Confira nossos ÁUDIOS sobre as principais falácias
1. Rampa escorregadia
A falácia da rampa escorregadia é um tipo de alerta exagerado. Normalmente afirma que, se você der aquele passo, vai escorregar com consequências drásticas. Derrapar e escorregar são metáforas comuns nessa argumentação falaciosa. ABRIR POST >>
2. Apelo à ignorância
A falácia do apelo à ignorância (argumentum ad ignorantum) ocorre quando, para afirmar que algo é verdadeiro, dizemos que é verdadeiro pois não foi provado que é falso, e vice-versa. Uma pessoa que acredita em duendes pode afirmar que eles existem porque não foi provado que eles não existem. ABRIR POST >>>
3. Argumento divinizado
“Deus disse, logo é inquestionável!”. Esse é um típico exemplo de argumento divinizado, uma versão religiosa da falácia do apelo à autoridade. Ainda hoje milhares de pessoas aceitam esse tipo de argumento, pois envolve fatores que prejudicam o bom uso da razão. ABRIR POST >>>
4. Pseudoprofundidade
É uma forma de falar coisas óbvias como se fosse algo profundo e revelador. Apesar de não se tratar de uma falácia — mas sim de uma habilidade teatral — a pseudoprofundidade costuma caminhar lado a lado com as falácias, pois é uma maneira de camuflar argumentos frágeis com um revestimento de “sabedoria profunda ou divina”. ABRIR POST >>>
5. Ataque ao argumentador
Esta falácia, também chamada de argumentum ad hominem, é largamente utilizada para fugir da argumentação atacando a conduta moral ou alguma suposta falha pessoal do argumentador. É uma estratégia muito comum, utilizada largamente na política e no cotidiano. Podemos observar as pessoas utilizando ad hominem mesmo sem conhecer falácias. É uma forma de fugir do assunto transmitindo a impressão de argumento válido. ABRIR POST >>>
6. Apelo à autoridade
Esta é uma falácia muito utilizada em comerciais. Basta lembrar a quantidade de celebridades e “especialistas” que recomendam a compra de produtos e serviços. Algumas celebridades aconselham que você compre um produto que elas mesmas nunca comprariam. Essa falácia é também chamada de argumentum ad verecundiam. ABRIR POST >>>
Autor: Alfredo Carneiro – Graduado em Filosofia e pós-graduado em Filosofia e Existência pela Universidade Católica de Brasília.