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Ghost in the Shell: Quem é o fantasma na máquina?

Ghost in the Shell - identidade pessoal

Ghost in the Shell (A Vigilante do Amanhã, 2018) apresenta uma das maiores reflexões da filosofia, a Identidade Pessoal — um ramo da Filosofia da Mente. O filme sugere os seguintes questionamentos: o que define aquilo que somos? Nosso corpo? Nossas atitudes? Nossa alma? Existe alma? O que é consciência?

Vivemos essa questão cotidianamente de forma simplória, relacionando nossa identidade com nossas características pessoais. Porém, e se o corpo mudasse radicalmente? Se for verdade que reencarnamos em outro corpo? Quem serei eu então? No filme essa reencarnação é artificial e a consciência é transferida para outro corpo, fazendo a própria personagem questionar sua identidade.

A questão ética, sempre presente das reflexões sobre o papel das máquinas na sociedade, também é colocada. De tal forma estamos integrados com nossos dispositivos que desenvolvemos uma bizarra dependência. Atualmente, “deixamos de funcionar” se a bateria do celular acaba. Não é, portanto, uma realidade tão distante.

Se compararmos com o anime japonês original, talvez a versão decepcione. Mas naquilo a que se propõe — uma narrativa sobre a identidade pessoal — o filme atinge seu objetivo. Quem é, afinal, o fantasma na máquina? Essa pergunta vale para todos nós.

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Autor: Alfredo Carneiro

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