Principais Falácias: áudios introdutórios
Falácias não são apenas formas incorretas de argumentar, mas também formas incorretas de pensar. Contudo, mesmo pessoas inteligentes recorrem conscientemente às falácias, pois são atalhos para encurtar o debate, fugir do assunto ou enganar o público. Por isso é importante algum conhecimento sobre as principais falácias.
Líderes religiosos, empresários e políticos utilizam falácias contando com o fanatismo, superstição, baixa escolaridade, fragilidade ou ingenuidade das pessoas. Além disso, algumas falácias são tão utilizadas que infelizmente acabaram se tornando senso comum, sendo muito utilizadas no cotidiano. É o caso da “falácia do ataque ao argumentador”, em que o debate é substituído por ofensas e xingamentos.
No argumento falacioso as premissas não sustentam a conclusão. Muitas falácias são difíceis de serem detectadas e transmitem a ideia de argumento válido. Por isso o estudo das falácias amplia nossa capacidade de identificar discursos incoerentes e nos leva a avaliar melhor nossos próprios pensamentos. Confira abaixo nossos áudios sobre as principais falácias.
Principais Falácias: áudios introdutórios
Falácias: introdução, conceitos e exemplos
As falácias são formas de argumentar que tentam passar a impressão de conhecimento válido, no entanto, suas premissas são falsas ou incoerentes.
Falácia do Espantalho
A falácia do espantalho é uma distorção do que realmente foi dito, criando assim um argumento fictício: o “espantalho”. A partir disso, o argumentador ataca o espantalho, desconsiderando o que seu adversário realmente disse.
“Post Hoc”: a falsa conexão de causa e efeito
“Post hoc” é um termo latino usado para se referir a um raciocínio comum entre pessoas supersticiosas. Corresponde à falsa atribuição de causa e efeito: se um evento ocorreu após outro, acredita-se que um é causa do outro.
Ataque ao argumentador
A falácia do ataque ao argumentador — também conhecida pelo seu nome em latim argumentum ad hominem — é utilizada para fugir do debate ou da conversa atacando a pessoa do argumentador, não o argumento.
Apelo à autoridade
A falácia do apelo à autoridade é muito comum em comerciais e debates políticos. Basta lembrar das celebridades que recomendam produtos e dos políticos que citam pesquisas.
Falso dilema
A falácia do falso dilema é comum em argumentos que apresentam duas opções como se fossem as únicas possíveis, ocultando assim outras opções. Essa falácia induz as pessoas a tomarem decisões equivocadas e basearem suas opiniões em informações incompletas
Profecia autorrealizável
Se uma previsão falsa estiver de acordo com as crenças ou expectativas de um indivíduo, ele é induzido a agir buscando confirmar a suposta profecia, tornando-a verdadeira.
Argumento divinizado
A falácia do argumento divinizado é uma versão religiosa da falácia do apelo à autoridade. Essa falácia é uma tentativa de criar uma premissa supostamente válida de autoridade inquestionável, que é a própria vontade de Deus.
Apelo à Ignorância
A falácia do apelo à ignorância (argumentum ad ignorantum) ocorre quando, para afirmar que algo é verdadeiro, dizemos que é verdadeiro pois não foi provado que é falso, e vice-versa.
Pseudoprofundidade
Pseudoprofundidade é uma forma de falar coisas óbvias ou mal-intencionadas como se fosse algo novo, profundo e revelador. Apesar de não se tratar de uma falácia — mas sim de uma habilidade teatral — a pseudoprofundidade costuma caminhar lado a lado com as falácias.
Rampa Escorregadia
A falácia da rampa escorregadia é um tipo de alerta exagerado. Normalmente afirma que, se você der aquele passo, vai escorregar com consequências drásticas. Derrapar e escorregar são metáforas comuns nessa argumentação falaciosa.
Autor: Alfredo Carneiro – Graduado em Filosofia e pós-graduado em Filosofia e Existência pela Universidade Católica de Brasília.