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Arthur Schopenhauer, o filósofo irritado

Filósofo Arthur Schopenhauer

Arthur Schopenhauer(1788-1860) viveu os últimos 30 anos de sua vida em Frankfurt. Lá este solitário e solteiro filósofo mantinha o hábito de almoçar todos os dias no clube English Holf. A consciência de sua própria genialidade aliada à aversão pelas pessoas criou inúmeras histórias engraçadas.

Gostava de conversas interessantes, mas não encontrava ninguém que ele considerasse à sua altura para conversar. Respeitava apenas o escritor e poeta alemão Goethe(1749-1832), outro grande gênio alemão com quem Schopenhauer trabalhou na obra A Teoria da Cores.

Xingando o cachorro

Algumas vezes pagava duas cadeiras na mesa para que ninguém sentasse ao seu lado. Andava com roupas propositalmente fora de moda e levava ao clube seu poodle que ele tratava como Sir, mas, quando o cachorro se comportava mal, o chamava de humano.

Por que não se casou?

Em uma conversa, perguntaram por que ele não se casou.

– Não, pois só me traria aborrecimentos

– Aborrecimentos por quê?

– Porque teria ciúmes por minha mulher me trair

– Como tem tanta certeza?

– Porque eu ia merecer

– Por quê?

– Por ter me casado.

“Entendo seu marido”

Em outra ocasião uma jovem senhora sentou ao lado do filósofo para almoçar e falava alto e sem parar para o grupo próximo sobre os problemas do seu casamento e como o seu marido a fazia sofrer. Quando terminou de falar virou para Schopenhauer e perguntou se ele a entendia. Ele respondeu então: – Não, mas entendo seu marido.

O filósofo ensina como desinfetar o pênis

Mantinha uma lista de pessoas com quem se recusava a falar e quando se sentia incomodado começava a conversar sobre assuntos muito impróprios para a época, como falar que mergulhar o pênis em água com alvejante após o gozo é um método eficiente para evitar doenças venéreas.

“A estupidez não tem limites”

Para um jovem que fez uma pergunta, ele respondeu que não sabia a resposta. O jovem falou então que achava que Schopenhauer era um sábio que conhecia tudo. O velho filósofo alemão então respondeu: – O conhecimento é limitado, mas a estupidez não tem limites.

Fontes: 

Irvin D. Yalom. A Cura de Schopenhaurer

Rüdiger Safranski. Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia

Autor: Alfredo Carneiro
Editor do netmundi.org

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