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O Renascimento e a revolucionária arte do retrato

Mona Lisa e a arte do retrato

Um dos traços marcantes do Renascimento (século XV ao XVII) foi o interesse pela individualidade.  Essa característica  marcou a filosofia, a arte e a literatura da Idade Moderna (XV ao XVIII) e se mantém até nossos dias. Um exemplo bastante ilustrativo ocorreu na arte do retrato, onde artistas  italianos buscavam retratar ao extremo as singularidades de uma pessoa.

A Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, é a obra máxima da arte do retrato no renascimento. Esse interesse pela individualidade  foi uma novidade sem precedentes na história da arte e representou uma mudança na visão de mundo do homem europeu. A visão divina da criação, traço da idade média, começa a perder espaço para uma visão humanística, que valorizava a dignidade e a história pessoal.

Na  literatura e na filosofia ocorreu a valorização da biografia e da autobiografia. Um filósofo bastante representativo do período foi Michel de Montaigne(1533-1592), que inaugurou uma literatura filosófica baseada na exploração de si mesmo e na subjetividade. Em sua obra Os Ensaios, ele adverte o leitor: “sou eu mesmo a matéria deste livro”. A idade moderna representou a tomada de consciência do homem pelo homem, que voltou a investigar a si mesmo, conforme ocorria na filosofia grega antiga com Sócrates e Platão.

Autor: Alfredo Carneiro

Referência Bibliográfica


  1. ROVIGHI, Sofia Vanni. História da filosofia moderna. São Paulo: Loyola, 2000.

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