Filosofia Moderna
A Filosofia Moderna tem uma certidão de nascimento: a publicação da obra Discurso sobre o Método em 1657, pelo filósofo francês René Descartes. O mundo ocidental já dava sinais de profundas mudanças com o Renascimento, resistindo à influência da Igreja, mas será a partir de Descartes que a Era Moderna irá consolidar a forma racional e científica de pensar, inspirada no método cartesiano. A partir de então, profundas mudanças políticas e científicas na Europa irão inspirar filósofos notáveis como Rousseau, Locke, David Hume e Immanuel Kant — sempre baseados no estilo racional e metódico que marcou a Filosofia Moderna.
“Penso, logo existo” (em latim: cogito ergo sum) é também um ataque ao ceticismo. O objetivo de Descartes(1596-1650) era criar condições para adquirir um conhecimento seguro. Entretanto, a tradição cética havia estabelecido que o homem não pode ter certeza de nada. Todo conhecimento é inseguro e não está livre de dúvidas. Portanto, para buscar a certeza seria preciso superar os céticos. Descartes precisava somente de uma coisa: uma única certeza absoluta. Para
... Leia Mais >>
O teólogo e filósofo Giordano Bruno (1548-1600) foi condenado à morte pela Inquisição sob a acusação de heresia por defender uma visão de universo original para a época, afirmando que o universo era infinito e que poderiam existir vários sistemas solares além do nosso; vários mundos com possibilidade de vida inteligente. A Terra não seria centro do universo, pois no infinito não existiria centro absoluto, apenas centros relativos. Porém, afirmar a infinitude do
... Leia Mais >>
Um dos traços marcantes do Renascimento (século XV ao XVII) foi o interesse pela individualidade. Essa característica marcou a filosofia, a arte e a literatura da Idade Moderna (XV ao XVIII) e se mantém até nossos dias. Um exemplo bastante ilustrativo ocorreu na arte do retrato, onde artistas italianos buscavam retratar ao extremo as singularidades de uma pessoa. A Mona Lisa, de Leonardo Da Vinci, é a obra máxima da arte do retrato no renascimento. Esse interesse pela
... Leia Mais >>
A Crítica da Razão Pura, de Immanuel Kant (1724-1804), é considerado um dos livros mais influentes da filosofia. No entanto, é também de difícil compreensão devido a uma terminologia criada pelo próprio Kant. Até mesmo o título do livro tem de ser decifrado. “Crítica” tem o sentido de análise e “Razão Pura” significa a razão que não é afetada pelos sentidos, um conhecimento comum a todos, inato, que Kant chamou de a priori. Então, o título
... Leia Mais >>
Imperativo categórico é um termo criado pelo filósofo prussiano Immanuel Kant (1724-1804) para estabelecer sua filosofia ética. Kant nos pergunta: quais valores morais podem tornar-se leis universais? É possível, por exemplo, transformar a corrupção em lei universal? Se uns roubam é porque outros produzem. Então, se todos roubassem, logo não existiria mais nada a ser roubado; o roubo não seria mais possível. Então, a corrupção é moralmente ruim. Outro exemplo: o assassinato
... Leia Mais >>
Michel de Montaigne (1553-1592) e René Descartes (1596-1650) perceberam em suas viagens que os costumes e as verdades se modificam de acordo com os povos. O que é pecado e absurdo para uns é verdadeiro e correto para outros. Montaigne concluiu que a verdade é relativa, não existindo uma verdade única para todas as pessoas, mas apenas contingências. Descartes foi influenciado por Montaigne, mas não adotou seu ceticismo e relativismo, pois enquanto Montaigne assumia que o
... Leia Mais >>
Para investigar a verdade, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) elaborou um método para orientar sua razão. Toda sua filosofia é construída com o auxílio desse método, desde a descrição de um arco-íris até admitir o movimento da terra e tentar demonstrar a existência de Deus e da alma de forma racional. No entanto, seus admiradores valorizaram mais o seu método do que suas descobertas. O método de Descartes é também conhecido como dúvida metódica. Os
... Leia Mais >>