Filosofia Moderna
A Filosofia Moderna tem uma certidão de nascimento: a publicação da obra Discurso sobre o Método em 1657, pelo filósofo francês René Descartes. O mundo ocidental já dava sinais de profundas mudanças com o Renascimento, resistindo à influência da Igreja, mas será a partir de Descartes que a Era Moderna irá consolidar a forma racional e científica de pensar, inspirada no método cartesiano. A partir de então, profundas mudanças políticas e científicas na Europa irão inspirar filósofos notáveis como Rousseau, Locke, David Hume e Immanuel Kant — sempre baseados no estilo racional e metódico que marcou a Filosofia Moderna.
O filósofo alemão Arthur Schopenhauer introduziu na filosofia ocidental elementos do budismo, que considera compaixão e bondade virtudes fundamentais. Schopenhauer se volta para as dores do mundo de forma existencial, não mais platônica ou kantiana, buscando na compaixão fundamento para a ética, renegando o abstrato imperativo categórico que se baseia no dever. Não tenho reparo em colocar-me em aberta oposição a Kant, que não reconhece bondade ou outra virtude que as derivadas da
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Immanuel Kant (1724-1804) é possivelmente um dos pensadores mais importantes da história da filosofia ocidental. Kant conseguiu unir duas correntes filosóficas antagônicas, o racionalismo e o empirismo, e promoveu a “revolução copernicana na filosofia” que colocou o sujeito como participante ativo do conhecimento e não meramente sujeito passivo ou tábula rasa receptora dos sentidos. Sua obra representa também uma ruptura com o influente pensamento da tradição medieval, uma
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Neste trecho do livro Discurso sobre o Método, o filósofo francês René Descartes (1596-1650) alerta que seu método foi criado para orientar sua razão, e que não espera que sirva para todos, mas acredita que ele pode ser útil a alguém. Porém, seu método de investigação racional tornou-se a base da investigação científica moderna. Sua influência foi tão fundamental que Descartes é considerado o pai da modernidade. Tive muitas oportunidades de me encontrar, desde a mocidade, em
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A forma de expressão utilizada pelas religiões orientais é carregada de símbolos e narrativas que representam um equilíbrio entre uma boa história, sabedoria e valores morais. O deus indiano Ganesha é um dos exemplos significativos. O filósofo alemão Arthur Schopenhauer se inspirou nas religiões orientais para afirmar a necessidade de diminuir nossos desejos e amenizar o sofrimento que é inerente à vida. Assim, Schopenhauer acabou incorporando elementos dessas religiões em sua
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Arthur Schopenhauer(1788-1860) viveu os últimos 30 anos de sua vida em Frankfurt. Lá este solitário e solteiro filósofo mantinha o hábito de almoçar todos os dias no clube English Holf. A consciência de sua própria genialidade aliada à aversão pelas pessoas criou inúmeras histórias engraçadas. Gostava de conversas interessantes, mas não encontrava ninguém que ele considerasse à sua altura para conversar. Respeitava apenas o escritor e poeta alemão Goethe(1749-1832), outro
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O utilitarismo é uma teoria ética surgida no século XIX como resultado do trabalho dos pensadores Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mill (1806-1873). Ao contrário das “éticas de dever”, como a kantiana ou mesmo os mandamentos religiosos (como p.ex. “não matarás”), o utilitarismo avalia cada caso e pode permitir que soluções radicais, como a pena de morte, sejam justificadas desde que esses atos proporcionem o bem-estar de uma grande quantidade de
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A Era Moderna corresponde ao aumento da diversidade cultural, causado pela decadência do sistema feudal e surgimento do capitalismo. A Igreja ainda mantém forte influência e os pensadores modernos, como Michel de Montaigne e Blaise Pascal, enfrentam a pluralidade de perspectivas que surge com o choque de culturas e costumes. Dentro desta nova realidade, filósofos modernos deverão responder o que é a natureza humana. Tanto Montaigne como Pascal eram pensadores cristãos, o que
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O impacto das descobertas de Galileu Galilei (1564-1642) não pode ser facilmente estimado. Os estudos sistemáticos deste físico, astrônomo e filósofo italiano tiveram forte repercussão na ciência, na filosofia, na astronomia, na religião, enfim, mudou radicalmente nossa concepção de mundo. É também o exemplo do poder de uma teoria, uma vez que, antes de Galileu, o Sol que girava ao redor da Terra e, depois dele, nos percebemos girando ao redor de uma estrela em um espaço
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O termo metafísica surgiu quando o filósofo grego Andrônico de Rodes, no século I a.C, organizou quatorze manuscritos de Aristóteles que tratavam de temas que estariam “além da realidade física”. Curiosamente, Andrônico teria dado esse nome pois esses manuscritos foram posicionados após as obras em que Aristóteles tratava sobre Física. Assim, metafísica seriam os textos que estariam “depois da física”. Assista nossa videoaula sobre Metafísica em
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Texto extraído do livro Schopenhauer e os anos mais selvagens da filosofia, de Rudger Safranski, onde o autor fala sobre a responsabilidade de assumir nossas decisões. A responsabilidade da escolha A liberdade nos coloca em confronto com as escolhas e com nosso ser interior. Quando escolhemos alguma coisa, também devemos assumir a responsabilidade por esta decisão. Feita a escolha, não podemos mais escapar dela. Depois da escolha, depois de saber o que decidimos, é que ficamos sabendo
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Arthur Schopenhauer (1788-1860) foi um filósofo que apresentou ao mundo um pensamento forte e original, destoando do pensamento filosófico de sua época. A filosofia até então valorizava a razão e havia descoberto o “eu” (penso, logo existo). Dentro do contexto da filosofia moderna (séc. XV ao XIX), a razão era a “salvadora da pátria”, seria ela que finalmente levaria a humanidade a um destino glorioso. Schopenhauer e a razão No entanto, para Schopenhauer a
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O racionalismo é uma corrente de pensamento iniciada por René Descartes (1596 – 1650) que buscava entender o mundo e investigar a verdade através do uso exclusivo da razão. Acreditava-se, no racionalismo, que a razão fosse capaz de explicar todas as coisas deste mundo e também as coisas além deste mundo (como Deus e a alma). Foi um movimento que deu à razão poderes absolutos, desprezando inclusive a experiência, as evidências físicas e os sentidos. Se algo
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