A Filosofia é experiência conceitual por excelência, e os dicionários de filosofia, nesse aspecto, são de grande auxílio. A experiência conceitual não é exclusiva da Filosofia, pois toda arte ou ciência possui conceitos próprios, como o direito, a medicina, a psicologia, a pintura ou a escultura. Porém, a Filosofia permite vivenciar conceitos da forma mais abstrata possível. Por isso, compreender conceitos filosóficos pode enriquecer nossa forma de pensar.
Ainda que os dicionários de filosofia não substituam o conhecimento amplo das ideias dos filósofos, eles são um contato com grande quantidade de conceitos que estimulam a reflexão. Conhecer, por exemplo, os conceitos de “Vontade de Potência” em Nietzsche, o “Estado de Natureza” em Rousseau ou as “Ideias Perfeitas” de Platão pode dar subsídio para nossas próprias ideias.
Além disso, os dicionários de filosofia apresentam linhas gerais do estilo e da filosofia de muitos pensadores, facilitando a identificação (ou discordância) com este ou aquele filósofo. Essas linhas gerais nos habilitam de forma rápida (ainda que não ideal) nesse campo de manobras vivas e contínuas, de criação e crítica, que é a própria Filosofia.
O estudo aprofundado da Filosofia não é interesse de todos, contudo, estamos vagando diariamente no labirinto de conceitos filosóficos que formam as sociedades. Nesse aspecto, os dicionários de filosofia são um fio de Ariadne que pode nos guiar nesse vasto labirinto.
